top of page
neuromancer01.jpg

NEUROMANCER

Por Guilherme Amaral, Juan Madeira, Leonardo Vassoler e Lucas Eduardo Silva

 

Um dos principais livros cyberpunk (a mescla de ciência avançada junto com algum grau de desintegração social), vencedor de três prêmios: Nebula AwardPhilip K. Dick Awards e Hugo Awards,Neuromancer é o tema desta mídia resenha. Escrito por William Gibson em 1984, a obra conta a história do cowboy (como são chamados os hackers no livro) Case que após entrar em confusões no Japão, encontra Moly e Armitage.

Ainda 15 anos depois do seu lançamento, a obra serviu de inspiração para um filme que revolucionou a indústria do cinema, especificamente da ficção científica: Matrix. É possível enxergar a relação entre o livro e o filmes no protagonistas. No livro, os personagens Case, Moly e Armitage, estão para Neo, Trinity e Morpheus no filme, respectivamente.

O enredo da história trata-se de uma distopia, onde o mundo está extremamente interligado com a tecnologia, sendo impossível se distanciar da rede e até mesmo poder acessar fisicamente a matrix (que seria a internet no livro). Pode-se pensar em um cenário parecido com a série nacional 3% , em que existe uma tecnologia profundamente avançada, mas ao mesmo tempo a sociedade está degradada. Outra congruência entre as produções é que a ambiência estilística em ambos se assemelha. Neuromancer é uma obra claramente cyberpunk, enquanto 3% tem traços do gênero nas suas imagens, músicas e roupas.

Alguns conceitos trabalhados por estudiosos da cibercultura podem ser relacionados ao livro. Lúcia Santaella chama os computadores de máquinas cerebrais, já não são mais ferramentas que apenas estendem as capacidades do ser humano, assim como são mais do que máquinas que precisam do homem para serem operadas. As máquinas cerebrais agem por uma troca de mensagens realizadas através de uma rede. Não só a Matrix como as Inteligências Artificiais apresentadas em Neuromancer se aproximam deste conceito.

desenvolvimento tecnológico foi dividido em três partes segundo André Lemos: Fase da indiferença,  que se inicia na antiguidade e termina na Idade Média. Neste fase, a tecnologia  é marcada por metáforas como “céu, cruz e espada” devido ao forte teocentrismo da época. A tecnologia desse tempo é marcada pelo conhecimento, este é repassado por pessoas escolhidas pela força divina, através da oralidade.  A segunda fase, chamada Fase do Conforto ou da Modernidade, é conhecida pela dessacralização da natureza, ou seja, a natureza deixa de ser algo adorado e passa a ser explorada e transformada e, diferente da fase anterior, o racionalismo impera neste era. A terceira  e última fase, a da Ubiquidade, é marcada pelo uso contínuo de aparelhos que possibilitam a conexão e a transmissão de informação sem a dependência espaço-temporal. Essa fase representa uma fase always on, onde o ser humano sempre está conectado à tecnologia. Fazendo uma analogia com as fases tecnológicas de Lemos, Neuromancer se passa após a Ubiquidade, sendo uma fase onde o ser humano está muito mais ligado à tecnologia, podendo acessar a internet sem nenhum aparelho, apenas com a própria consciência, por exemplo. Gibson ao escrever Neuromancer, Já imaginava uma espécia de Web 2.0, conceito muito trabalhado por Alex Primo. Segundo Primo, Web 2.0 é a segunda geração de serviço disponibilizado pela internet e tem como características principais a potencialização das formas de publicação, compartilhando e organização das informações e a ampliação dos espaços de promoção de interação entre os participantes. Ou seja, em 1984, quando Gibson escreveu Neuromancer, já imaginava um tipo de conexão virtual onde as pessoas poderiam se conectar entre si.

Pelo fato do livro utilizar diversas nomenclaturas complicadas para compreensão total do livro, membros do grupo utilizaram um áudio-livro disponível no Youtube para acompanhar o livro simultâneamente. Ao ouvir o livro, torna-o  mais fácil de entender.

COMPARTILHAR EM

  • Facebook
  • Twitter
  • YouTube
  • Pinterest
  • Tumblr Social Icon
  • Instagram

ADICIONAR COMENTÁRIO

POSTAR

O Jornalismo Já é uma iniciativa do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia, com objetivo de informar através de reportagens, mídias-resenhas e textings. 

Copyright © 2019. Design idealizado por Luan Borges, Melissa Ribeiro, Ítana Santos, Beatriz Evaristo, Josias Ribeiro e Jackeline Freitas. 

Produção de conteúdo: 10ª turma de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia, sob orientação dos professores drs. Raquel Timponi, Reinaldo Maximiano, Aléxia Pádua e Adriana Omena.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
bottom of page