
O desejo pelo fim dos campeonatos estaduais de futebol no Brasil
PRA QUÊ CAMPEONATO ESTADUAL?
Por Enrico Ziotti e Ítana Santos

Paulistinha?! É isso mesmo produção?
Assim foi chamado o Campeonato Paulista – também conhecido como Paulistão
– pelo Presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, após perder a final de 2018 para o
seu maior rival, o Corinthians. Esse é o campeonato estadual de maior nível de
competitividade e mais antigo do país, mas que pelo jeito não vale muito para o
presidente alviverde. Será que é porque o Palmeiras não vence desde 2008 esse
campeonato?
CAPÍTULO 1
Estruturas, desempenho e capacitação
No dia 20 e 21 de abril tivemos o fim de todos os campeonatos estaduais do
Brasil da temporada 2019. Tal evento esportivo movimenta desde os times de menor
expressão até os maiores representantes do futebol brasileiro pelo mundo. Porém, nos
últimos anos, mais fortemente na última edição, surgiu o desejo de acabar com tal
competição no país todo. O maior motivo seria a possível falta de transmissão dos jogos
na TV aberta, que atualmente são transmitidos pela Rede Globo, detentora do direito de
imagens de todas as partidas. A saída da emissora implicaria na queda dos lucros dos
times com o campeonato, ocasionando a saída dos grandes clubes e a falência dos
menores. Tal decisão fez a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cogitar a
possibilidade de acabar com os estaduais, ou pelo menos com alguns.
Assim como Galiotte, outro que também mostra insatisfação com as
competições estaduais é Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico Paranaense, que
em uma coletiva de imprensa disse que não concorda com o corte total dos estaduais,
mas que haja uma nova disposição dos jogos no calendário brasileiro se estendendo
pelo ano todo. Petraglia foi quem afirmou a falta de interesse da Globo em adquirir os
direitos de imagem dos jogos. Há outros que também defendem a redução do
calendário, pois para os grandes clubes, que jogam, praticamente, o ano todo, acabam
ficando com um curto período de pré-temporada para reestruturação do time. Mas, uma
mudança que foi proposta pelos opositores é que pelo menos os times grandes entrem
na fase final dos estaduais ou não participem devido à diferença de nível técnico.
Os campeonatos estaduais possuem seus defensores e opositores. Essa é a
competição do país que mais aproxima os grandes clubes aos seus torcedores do
interior. Não podemos esquecer que também é o principal evento esportivo para os
times menores do interior, que conseguem tirar sua renda de boa parte do seu ano com
o estadual, da grande chance de jogadores de times pequenos serem descobertos, das
cidades interioranas receberem grandes clubes e a movimentação do comércio local em
torno disso. Em entrevista dada por Fábio Carille – técnico campeão paulista 2019 pelo
Corinthians –, na coletiva de imprensa pós jogo, ele é um dos defensores do torneio que
repudia tal decisão da CBF apontando como principal problema o desemprego que tal
mudança irá causar.
O Corinthians é o maior campeão do Campeonato Paulista, sendo detentor de
30 títulos e os últimos três consecutivos. Em segunda colocação vem Palmeiras e
Santos com 22 vitórias e depois, em terceiro, o São Paulo com 21. É tendência nos
estaduais que as finais sejam entre os maiores do estado e eles sejam os maiores
vitoriosos. Desde 2009, os times que ergueram a taça do Paulistão foram o Corinthians
(2009, 2013, 2017, 2018, 2019) e Santos (2010, 2011, 2012, 2015, 2016).
2014 foi o único ano da década que o campeonato não foi ganho por um grande
time paulista. O consagrado do ano foi o Ituano, representante da cidade de Itu, interior
paulista, que levantou o caneco pela segunda vez em sua história após ganhar na
disputa de pênaltis contra o Santos, com um resultado de 7 a 6. O primeiro título
paulista dele foi em 2002, quando não houve participação de Corinthians, Etti Jundiaí,
Guarani, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, Santos, São Caetano e São Paulo, devido a
participação destes no Torneio Rio-São Paulo.

2014: o ano da zebra no futebol Brasileiro


2014 foi difícil né?! Não é todo dia que a gente vê a maior seleção de futebol do
mundo perder de 7x1 em uma semifinal de Copa do Mundo. É triste para o brasileiro
amante de esporte, principalmente de futebol, relembrar esse ano, mas o ano não foi
ruim para todo mundo não. Teve um time que comemorou bastante seu desempenho
em 2014.
Em julho daquele ano vimos a zebra que deu o jogo entre Brasil e Alemanha com
a eliminação da seleção canarinha após a goleada do time europeu. Mas no começo do
ano a lógica também não bateu no Campeonato Estadual em São Paulo. Desde 2005 o
campeão da competição era um dos quatro grandes paulistas – Corinthians, São Paulo,
Palmeiras e Santos – e continua sendo esse padrão até hoje. Porém, em 2014, o Ituano
foi responsável por quebrar essa hegemonia dos campeões paulistas.
Aquele foi o ano em que o galo paulista teve sua melhor campanha na
competição atingindo marcos que um seleto grupo de times do interior atingiram. O
caminho de 19 partidas até o título foi marcado por dez vitórias, cinco empates e
quatro derrotas. Fechando o paulista com um saldo de oito gols, o Ituano venceu sobre
o Paulista de Jundiaí, Oeste, Bragantino, Mogi Mirim, Linense, Ponte Preta, Penapolense,
São Paulo, o Palmeiras na semifinal e o Santos no primeiro confronto pela final.
A equipe de Itu com essa conquista entrou para a lista dos quatro times do
interior que já venceram o Paulistão com a presença de todos os grandes do estado. Os
outros que haviam garantido tal marca eram o Inter de Limeira em 1986, Bragantino em
90 e o São Caetano em 2004. Dessa lista, somente o Ituano e o Inter de Limeira levaram
a taça para casa ganhando a final em cima de um dos quatro grandes paulistas.
Tirando a sexta posição na Série D do Campeonato Brasileiro em 2016 e sair nas
oitavas da Copa do Brasil em 2015, o time rubro-negro não teve outras atuações de
destaque nas competições relevantes do país. O Ituano, por participar do estadual mais
lucrativo do país, ainda conseguiu fechar bem o ano. Já outros times, campeões em seu
estado, não possuem o mesmo resultado positivo no fim de suas temporadas. Vamos
dar um giro pelo Brasil e comparar como são os outros estaduais.
Outros estaduais


As realidades dos times apresentados são, de certa forma, similares. Desde os
ganhos financeiros até a presença dos torcedores nos campeonatos estaduais. Isso
porque muitos deles não contam com premiação financeira, mas somente acesso a
outras competições com maior visibilidade. Além disso, alguns campeonatos não são
transmitidos.
O Paulista, por ser o Campeonato Estadual mais popular no país, conta não só
com a transmissão da Globo – que inclui Sportv e pay-per-view –, mas também com
premiações milionárias e cotas de transmissão. Para os quatro maiores times da capital,
Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras, a Cota é de R$17 milhões para cada um. Já
para times com campanhas inferiores como o Ituano, a cota é de apenas R$3.3 milhões,
mas que conta como grande lucro para os cofres do Galo de Itu.
No catarinense, que possui contrato até 2021 com a NSC TV, o Brusque conta
com a cota de R$ 350 mil, apesar de não existir valor financeiro em premiações. De
maneira similar, o campeonato Pernambucano também não possui prêmio em dinheiro
para os vencedores, mas, somente a cota de valor pago pela transmissão da Globo
Nordeste, que gira em torno dos R$950 mil.
As competições que não mostraram grande diferença financeira e de público
foram a Brasiliense e o Acreano. Isso acontece pelo fato de não ter dinheiro de
transmissões e muito menos para premiação dos vitoriosos. A transmissão do
Candangão – como é conhecido o Campeonato Brasiliense –, inclusive, só é feita nas
finais. Durante o campeonato, a exibição dele acontece, principalmente, pela internet. O
Brasiliense, atual vice-campeão do campeonato estadual, leva como prêmio o acesso a
Série D do Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa Verde. No campeonato do Acre, somente
o vencedor conquista os acessos a essas competições, enquanto o vice é convidado
somente para a Série D e a Copa do Brasil.

Estaduais: manter, mudar ou acabar?

O programa Fala com meu amigo é uma iniciativa em podcast cujo objetivo é debater
temas do futebol que têm implicações políticas, sociais e culturais. Neste piloto,
conversamos com o jornalista esportivo Lucas Papel. Ele é mestre em comunicação e
trabalha no GloboEsporte.com, e na filial da TV Integração da Rede Globo, em
Uberlândia (MG). Em pauta, a situação dos times do interior mineiro, propostas para a
manutenção dos campeonatos estaduais e de uso de outras formas de transmissões de
jogos como ocorre com a série C e a Sul-americana no Dazn. Ouça o programa.
“BRIGAR POR TRANSMISSÕES E DIREITOS IGUAIS ENTRE O TIMES DA CAPITAL E DO
INTERIOR” - LUCAS PAPEL
O Fala com meu amigo entrevistou também o conselheiro do Botafogo - SP, José
Garcia Martins. Martins é Sul-Caetanense e tem o coração dividido entre o time da sua
cidade natal e o Palmeiras. Residente em Ribeirão Preto, recebeu o convite para
trabalhar com o time em 2005 após criar amizade com outros botafoguenses que
faziam parte do núcleo. Hoje, ele é torcedor e presidente do conselho de ética do
Botafogo.
“QUEM NÃO TEM PODER FINANCEIRO VAI FICANDO NO MEIO DO CAMINHO. ESSA É A
REALIDADE.” - JOSÉ GARGIA MARTINS
Fala com meu amigo: Qual a relevância do Campeonato Paulista para o Botafogo – SP?
Martins: É um bom campeonato. Para Ribeirão Preto é um sarro que a gente tira do
nosso concorrente. Hoje em dia o sarro que eu falo é no bom sentido, como torcedor.
Até outro dia estava em uma 4ª divisão aí. Um gol salvador de Clebinho aos 47 do
2ºtempo e nos mantivemos na série C. Foi um recomeço do Botafogo de lá pra cá. Esse
recomeço só trouxe glorias até agora.
FMA: Como conselheiro do Botafogo, você acha que o clube conseguiria se manter
sem o campeonato estadual?
Martins: Vai ter que ter algum outro campeonato do mesmo nível do Paulista, porque o
Paulista, hoje, dentre os estaduais é a melhor competição. O grande problema é que Rio
de Janeiro. Pelos clubes que tem não dá renda, não dá público, não dá interesse para
ninguém, Paraná a mesma coisa, Minas a mesma coisa. Rio Grande do Sul que é outra
potência, só tem dois times. Mato grosso não sei nem como é o estadual lá, não joga
nenhum outro campeonato. Um exemplo disso tudo é a Copa Do Nordeste que tem
nesse meio tempo. É um sucesso do Nordeste, que é a mesma coisa que um
campeonato paulista aqui, mas o paulistão nosso é um paulistão que dá público, que da
renda, que dá viabilidade financeira para o clube, para todo mundo. É uma fonte de
renda.
FMA: O Paulista hoje é a maior fonte de renda paro Botafogo? Mais que a divisão que
vocês jogam do Campeonato Brasileiro?
Martins: Não. O brasileirão rende mais. São muito diferentes por causa das Cotas.
Enquanto um são R$3,5 milhões o outro é R$9 milhões. Até ano passado, a maior fonte
de renda do Botafogo era o paulistão. Até o ano passado, porque Série D do brasileiro a
CBF não ajuda em nada. Já a Série C, ela dá uma cotinha meia boca e paga uma viagem
ou outra de avião, o resto é tudo ônibus e demora. É um campeonato muito difícil. Só
sobem os que têm competência. Quem não tem, não sobe. Só os melhores. Quem não
tem poder financeiro vai ficando no meio do caminho. Essa é a realidade.
FMA: Para os times que só tem o estadual no calendário, como fazem para manter os
jogadores para as próximas temporadas?
Martins: Não. Nunca. É montado o time para paulistão com contratos de 4/5 meses com
o jogador. Hoje, o Botafogo, o Bragantino, times que já estão na Série B do Paulista tem
calendário para o ano inteiro, é diferente. Você faz contrato para um ano e não mais
para 4 ou 5 meses. Isso aí, fora jogador que temos hoje, 4 ou 5 jogadores têm contrato
de 2 anos, 3 anos no Botafogo. Coisa que antigamente não existia até a Série D, por que
nessa divisão tem um intervalo grande de pausa até começar a próxima temporada. É
um campeonato que é por módulo, se cair fora no primeiro módulo, tchau. Diferente a
Série C que é ponto corrido, a Série B. Então queira ou não queira você tem 38 jogos no
ano, Série D perdeu 3 partidas, tchau, está fora, não joga mais.
FMA: O arrendamento de parte do estádio do Botafogo é positivo para o time?
Martins: É. A salvação do Botafogo foi Adalberto Batista, uma pessoa que gostou do
Botafogo, está aí junto. A construção da arena é uma coisa a parte, é uma coisa fora das
quatro linhas. Então falando fora das quatro linhas, hoje o departamento de futebol do
Botafogo é 100% profissional. Não tem amador, não tem mais o amigo que ia lá ajudar
no vestiário, cortar fruta para jogador, carregar mala. Então hoje é 100% profissional.
Até 4 ou 5 anos atrás era dessa forma, de 2 anos e meio que o Adalberto está aqui com
a gente, apesar de estar oficializado a partir desse ano, mas tem mais um ano atrás com
a gente em bastidores né, até formalizar certinho para tomar conta. Hoje é um
departamento 100% profissional que está dando alegria. No paulistão fomos meio ruins,
falha, jogadores contratados fora da forma física que agora alguns estão retornando,
jogando bola e o negócio está indo embora.

Futebol do Interior: a galinha dos ovos de ouro

Jornalista esportivo da Tv e Rádio Clube de Ribeirão Preto, filho de ex-conselheiro
do Palmeiras, mas Corinthiano roxo, Luciano Lolla Neto nos concedeu entrevista.
Natural de São Paulo, capital paulista, Luciano Neto vive no esporte desde criança.
Começou a acompanhar o futebol brasileiro desde 1964 e lembra que em 1968 viu seu
time do coração quebrar um tabu contra o Santos ao lado do pai e avô – que também
torcia para o Corinthians. Seu time, há onze anos, exatos 22 jogos, não ganhava dos
meninos da Vila, no Paulistão.
O clássico paulista era aguardado como “o jogo do ano” e teve um primeiro tempo bem
disputado, mas terminando com o placar zerado. O primeiro gol da partida saiu aos 13
minutos do segundo tempo com um chute de fora da área de Paulo Borges. O Santos se
lançou ainda mais para o ataque, mas Pelé e Edu não foram capazes de mudar a história
daquele jogo. Aos 31 minutos o segundo Flávio cravou o segundo gol do timão
garantindo a vitória do time da capital e pondo fim a um dos maiores tabus do
Campeonato Paulista no estádio Paulo Machado de Carvalho, o famoso Pacaembu. O
radialista afirma que a vitória foi uma das maiores festas que ele já viu. Naquela época
os regionais eram os mais importantes, mesmo tendo Robertão, Copa do Brasil e Taça
Rio-São Paulo.
O radialista defende os campeonatos estaduais e a importância dos times do
interior para o futebol, não só brasileiro, mas mundial. Para Neto, um jogador que se
destaca nas pequenas equipes é “realmente muito bom, porque possui condições de
treino e acompanhamento médico muito ruins, bem abaixo dos grandes clubes”. Ele nos
lembra como o futebol interiorano revelou craques como os centroavantes Careca,
Luisão, Evair, Amoroso, Neto, Gomes, Miranda e Capitão. Todos esses saíram do Guarani
de Campinas, campeão do Brasileiro, em 1978, mas que hoje vive no esquecimento.
Outro exemplo é a Ponte Preta que revelou Dagoberto, Tuta e Nenê.
FMA: Para você, como os times do interior veem os campeonatos estaduais? Como o
estadual parou de ser valoroso para eles?
Neto: Antigamente, você tinha a Lei Pelé. Antes dela, o fator preponderante da queda
do futebol do interior foi o fim da lei do passe. Você pega um jogador hoje de 16 anos,
ele é uma aposta. Você faz um contrato de 5 anos com ele e uma multa. Se o clube fizer
isso com todos os jogadores ele quebra, não tem como pagar. Precisa pagar fundo de
garantia, direito trabalhista, não tem receita para isso. Antigamente, na lei do passe, o
clube do interior vendia 2 jogadores no ano e passava a temporada inteira com dinheiro
no caixa, montava o time e fazia grandes campanhas. No outro ano vendia mais 2 e
assim por diante. Porque o jogador não saia do interior e ia embora pra Europa. Ele ia
para um clube grande de São Paulo, do Rio, de Minas, para se destacar e ir embora. A
Roma tinha dois goleiros de Ribeirão Preto formados pelo Botafogo: Doni como titular e
Júlio César na reserva. Em 2002, na final entre Santos e Corinthians, o reserva do goleiro
do Santos era o Júlio César e o titular do Corinthians era o Doni do Botafogo. Se você dá
estrutura, ele revela. Hoje mudou, o clube não tem mais como segurar. Outro exemplo é
o João Pedro do Fluminense. Ele foi para escolinha do Botafogo, saiu e foi para o
Corinthians, depois para o Linense disputar campeonato regional e hoje já está vendido
para Europa. Mas é um ‘moleque’, que podia estar jogando aqui, se tivesse a lei do
passe.
FMA: Essa venda dos jogadores muito novos pode gera perdas para a seleção?
Neto: Claro que perde. Como o futebol é dinheiro, hoje, qualquer um ganha 200 mil por
mês. Você pega uma folha de pagamento de um time como o Santos, custa quase 10
milhões no mês. O time do Corinthians, que é horroroso, custa de 10 a 11 milhões. A
folha do Palmeiras é 18 a 20 milhões, como o Flamengo, Cruzeiro. Se o time não vender,
ele não tem caixa. Hoje, a bilheteria, o sócio torcedor é importante, mas a nossa cultura
tem que mudar. O futebol mudou, nós temos que mudar. Você vai na quarta divisão
inglesa os campos são cheios. Quando eu comecei a torcer, meu time não era campeão
há muito tempo. Fui ver o Corinthians campeão só com 17 anos, mas a minha alegria
era ver o Corinthians jogar. Hoje, torcedor é torcedor de título. Tem que ser torcedor de
alegria e ter paixão de ver o time jogar, independentemente de qualquer coisa. Tem que
torcer para o clube, primeiramente, da cidade onde vive, da comunidade para conseguir
sustentar isso. Quem promoveu o futebol a vida inteira foi a rádio e hoje está de lado. A
televisão criou torcedor de sofá, a rádio criou torcedor de arquibancada, essa é a
diferença. Ele é de fundamental importância, o interior sobrevive por causa do rádio, se
não fosse ele, já tinha acabado.
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